Consagre seu casamento a Nossa Senhora

Consagre-se a Nossa Senhora. Hoje, consagrar-se é justamente colocar-se ao lado dela e entregar-se a ela. Ser como uma criança que se confia ao coração dela, que se joga em seus braços, que se põe debaixo de seu manto. Como uma criança assustada, como um menino necessitado que vem correndo para a mãe, que se atira no colo, que se joga no coração dela, que se põe debaixo do manto. Uma criança guardada, protegida. Que vence sob o manto dela. Tenha a certeza de que vencerá! Eu aprendi, graças a Deus, ainda muito cedo: realmente ela é a Auxiliadora dos Cristãos. A vitoriosa das batalhas de Deus. Na sua luta pessoal contra o pecado, na sua luta para ser cidadão do céu, para imunizar-se de todo pecado, você precisa dela como a sua mãe, sua protetora, sua advogada.

Consagre-se a ela! Hoje, somos convidados para rezar o Santo Rosário! E, antes de se deitar, como última homenagem a ela, ali ao pé da cama, reze três Ave-marias. Você pode fazer esta experiência a partir de hoje. Mesmo se você chegar de madrugada em casa, antes de se deitar, faça isso! Ali, ao pé da cama, reze as três Ave-marias, renovando a sua consagração.

Ser santo na família

Não sei se você ainda tem aquela mentalidade super-errada de achar que a santidade (ou seja, a plena felicidade em Deus, aqui e também, um dia, por toda a eternidade) é só para pessoas que têm o chamado ao sacerdócio ou à vida religiosa (freis, monges, irmãos de ordem), ou ainda para outras pessoas que não constituíram família de sangue.

Se este é o seu caso, é bom saber que a Igreja diz o contrário. Na verdade, afirma o oposto ao canonizar e beatificar pais e mães, casais e jovens, mostrando que é bastante possível, com a graça de Deus e nosso "sim", sermos santos trocando fraldas, cozinhando o almoço, passando a noite acordados ao lado do berço, indo buscar na escola, tendo paciência com os erros, sendo pais firmes, formando os filhos em Deus, orando por eles, participando da Eucaristia em família, trabalhando com dedicação para sermos canais da Providência para os nossos filhos, enfim, sendo família, família de Deus.

Aliás, a nenhuma outra instituição ou realidade, a Igreja "emprestou" o seu próprio nome, a não ser para a família, a qual a Santa Mãe Igreja chama, nada mais, nada menos, de "Igreja doméstica"!

Pai, você é importante para mim

Refletiremos sobre a importância do referencial masculino de autoridade e afeto na educação dos filhos, buscando valorizar e aprofundar a vivência do papel do pai no contexto familiar.

A figura do pai, apesar de manifestar-se, atualmente, mais afetiva, deve ser responsável por colocar limites e também impulsionar os filhos a enfrentarem os desafios da vida.

A mãe tem uma tendência natural a proteger demais a prole, transmitindo-lhe valores como acolhimento, cuidado e proteção. O pai estimula a independência dos filhos e corta o excesso de proteção da mãe. Seu papel é muito importante na construção da autonomia da criança. A diferença é que, antes, a autoridade paterna era acompanhada pelo medo que as crianças sentiam frente a uma figura tão severa e distante. Hoje, esse processo ocorre de maneira mais saudável, já que os papais não se fazem entender apenas no grito. O que não pode acontecer é o pai “amolecer” demais e se tornar muito permissivo.

Quando a permissividade acontece, as crianças acabam se tornando desobedientes, autoritárias e inseguras. Por isso, pai, esteja atento! Ser paciente, carinhoso e atencioso não significa abrir mão da disciplina. Dar limites é, também, uma importante demonstração de amor, pois sem esses limites os filhos ficam desorientados.

Harmonia Sexual

O bom relacionamento sexual na vida do casal é de fundamental importância para a sua harmonia.

A primeira necessidade é conhecer o sentido da vida sexual no plano de Deus. O sexo tem duas dimensões na vida conjugal: unitiva e procriativa.

A dimensão unitiva significa que o sexo é um meio de unidade do casal. Mais do que nunca é no relacionamento sexual que eles se tornam "uma só carne". São Paulo lembra aos coríntios o perigo do pecado da fornicação, exatamente porque, como diz, "aquele que se ajunta a uma prostituta se torna um só corpo com ela. Está escrito: 'Os dois serão uma só carne'" (Gen 2,24).

O ato sexual, para o casal, é a mais intensa manifestação do seu amor; é a celebração do amor no nível afetivo e sensitivo. Portanto, não pode haver sexo sem profundo amor. Ele só pode ser vivido no casamento, porque só no casamento existe um compromisso de vida para toda a vida, e a responsabilidade de assumir as suas consequências, especialmente os filhos.

Castidade no Matrimônio

Essa autenticidade do amor requer fidelidade e retidão em todas as relações matrimoniais. Comenta São Tomás de Aquino que Deus uniu às diversas funções da vida humana um prazer, uma satisfação; esse prazer e essa satisfação são, portanto, bons. Mas se o homem, invertendo a ordem das coisas, procura essa emoção como valor último, desprezando o bem e o fim a que deve estar ligada e ordenada, perverte-a e desnaturaliza-a, convertendo-a em pecado ou em ocasião de pecado.

A castidade - que não é simples continência, mas afirmação decidida de uma vontade enamorada - é uma virtude que mantém a juventude do amor, em qualquer estado de vida. Existe uma castidade dos que sentem despertar em si o desenvolvimento da puberdade, uma castidade dos que se preparam para o casamento, uma castidade daqueles a quem Deus chama ao celibato, uma castidade dos que foram escolhidos por Deus para viverem no matrimônio.

Como não recordar aqui as palavras fortes e claras com que a Vulgata nos transmite a recomendação do Arcanjo Rafael a Tobias, antes de este desposar Sara? O anjo admoestou-o assim: Escuta-me e eu te mostrarei quem são aqueles contra os quais o demônio pode prevalecer. São os que abraçam o matrimônio de tal modo que excluem Deus de si e de sua mente, e se deixam arrastar pela paixão como o cavalo e o mulo, que estão desprovidos de entendimento. Sobre esses o diabo tem poder.

Não há amor humano puro, franco e alegre no matrimônio se não se vive a virtude da castidade, que respeita o mistério da sexualidade e o faz convergir para a fecundidade e a entrega. Nunca falei de impureza e sempre evitei descer a casuísticas mórbidas e sem sentido, mas, de castidade e de pureza, da afirmação jubilosa do amor, sim, falei muitíssimas vezes e devo falar.

A respeito da castidade conjugal, assevero aos esposos que não devem ter medo de expressar o seu carinho, antes pelo contrário, pois essa inclinação é a base da sua vida familiar. O que o Senhor lhes pede é que se respeitem e que sejam mutuamente leais, que se confortem com delicadeza, com naturalidade, com modéstia. Dir-lhes-ei também que as relações conjugais são dignas quando são prova de verdadeiro amor e, portanto, estão abertas à fecundidade, aos filhos.

Cegar as fontes da vida é um crime contra os dons que Deus concedeu à humanidade e uma manifestação de que a conduta se inspira no egoísmo, não no amor. Então tudo se turva, os cônjuges chegam a olhar-se como cúmplices; e produzem-se dissensões que, a continuar nessa linha, são quase sempre insanáveis.

Quando a castidade conjugal acompanha o amor, a vida matrimonial torna-se expressão de uma conduta autêntica, marido e mulher compreendem-se e sentem-se unidos; quando o bem divino da sexualidade se perverte, a intimidade se destrói, e marido e mulher já não se podem olhar nobremente nos olhos.

Os esposos devem edificar a sua vida em comum sobre um carinho sincero e limpo, e sobre a alegria de terem trazido ao mundo os filhos que Deus lhes tenha conferido a possibilidade de ter, sabendo renunciar a comodidades pessoais e tendo fé na Providência. Formar uma família numerosa, se tal for a vontade de Deus, é penhor de felicidade e eficácia, embora afirmem outra coisa os autores de um triste hedonismo.

São José Maria Escrivá
Retirado do Site da Comunidade Shalom

A força do amor

Quando um homem e uma mulher se unem diante de Deus para formarem uma família, esse relacionamento se transforma num instrumento de cura um para o outro. Eu tenho muita pena quando um verdadeiro sacramento do matrimônio é abandonado, quando o marido e esposa decidem viver um longe do outro por causa das feridas, que um acabou causando no outro ao longo de suas vidas. Eu tenho muita pena porque esse relacionamento longe de Deus se transformou numa arma, porque conviveram juntos e sabem dos limites um do outro.

Qual a maneira concreta por meio da qual o sacramento se torna instrumento de cura um para o outro? "Meu filho, faze o que fazes com doçura" (cf. Eclesiástico 3, 19ss). Se você faz todas as coisas com doçura, você ganha o afeto da pessoa que está com você; quando somos doces, mais do que sermos estimados e reconhecidos nós ganhamos o afeto da pessoa, porque afeta a pessoa que é querida e é amada. O que é dar afeto? É você afetar a pessoa; e nós afetamos uns aos outros quando no decorrer do dia fazemos tudo o que devemos fazer com doçura.

Perdoar sempre… experimente!

Quero partilhar no dia de hoje a palavra de Deus em Mt 18, 21-35. Trata de um assunto bem interessante.

Eis a ordem de Jesus para nós: “Digo-te, não até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes.” (Mt 18,22)

Veja, Jesus fala a respeito do perdão. Ele no diz que devamos perdoar sempre, por isso logo abaixo ele conta a parábola do “servo cruel”. Este servo tinha uma dívida inimaginável e não tinha como pagar, mas o Rei, ouvindo a sua súplica perdoou totalmente sua dívida; este mesmo servo cruel ao encontrar o seu companheiro que lhe devia uma quantia irrisória, não teve compaixão diante da sua súplica e mandou-o à prisão. A parábola ainda nos conta que os servos do Rei tendo visto o acontecido, procuraram seu senhor e lhe contaram tudo. Ao saber disto, o senhor mandou trazer este servo e, indignado,  mandou prendê-lo por não ter exercido a misericórdia com o seu companheiro.

Criar ou educar?

A curiosidade me levou a pesquisar mais do que o significado em alguns dicionários, mas a origem das palavras: criar e educar.

Encontrei alguns:

“criar” vem do Latim CREARE, “produzir, criar”, relacionado com CRESCERE, “crescer”.
educar” vem do latim educare,  instruir, cultivar, formar… ,por sua vez “educação” esta  ligado a “educere“, verbo composto do prefixo “ex” (fora) + “ducere” (conduzir, levar), e significa literalmente ‘conduzir para fora’, ou seja, preparar o indivíduo para o mundo.

Estas definições me levaram refletir, que a nós pais  é confiado uma missão muito especial e particular. A missão de educar, cultivar, formar, trazer para fora, trazer à luz , “aquele” e “aquela”  que Deus criou a Sua imagem e semelhança. Esses que chamamos de filho e filha, pequenas sementes de um homem e uma mulher de Deus que precisam do nosso amor incondicional e responsável.

Deus que conhece tudo de nós, sabe que há em nós  o pai e a mãe que ele pensou para seus filhos.

Diante desta linda realidade, não estamos sós. Graças a Jesus, somos filhos de um Deus que é Pai e Criador, temos também Maria, por Ele nossa Mãe e Formadora.

Portanto se faz necessário que em todo nosso modo de ser pai e mãe, possamos dizer ao Senhor,  junto com nosso filhos a uma só voz:

“Fostes vós (Senhor) que plasmastes as entranhas de meu corpo, vós me tecestes no seio de minha mãe. Sede bendito por me haverdes feito de modo tão maravilhoso. Pelas vossas obras tão extraordinárias, conheceis até o fundo a minha alma.” (Sl 138,14-15)

Retirado do Blog da Canção Nova

O Matrimônio: Sacramento da Unidade vivificante

Em todas as civilizações se sentiu uma misteriosa sacralidade na união do homem e da mulher. Sempre tem havido uma vaga percepção de que a profunda aspiração pela união com "o outro" é vivificante - e que é uma aspiração pela união com a fonte de toda a vida. É por isso que os rituais religiosos e os códigos de comportamento
Sempre têm sido relacionados como casamento.

Jesus tomou o casamento e fez dele o sacramento do Matrimônio. Em conseqüência, o Matrimônio dá nova dimensão à vocação cristã que começa no Batismo.

Ato de consagração das Famílias ao Sagrado Coração de Jesus

Sagrado Coração de Jesus, que manifestastes a Santa Margarida Maria o desejo de reinar sobre as famílias cristãs, nós vimos hoje proclamar vossa realeza absoluta sobre a nossa família.

Queremos, de agora em diante, viver a vossa vida, queremos que floresçam, em nosso meio, as virtudes às quais prometestes, já neste mundo, a paz.

Queremos banir para longe de nós o espírito mundano que amaldiçoastes.

Vós reinareis em nossas inteligências pela simplicidade de nossa fé; em nossos corações pelo amor sem reservas de que estamos abrasados para convosco, e cuja chama entreteremos pela recepção freqüente de vossa divina Eucaristia.

As velhas novas estratégias de satanás

Após ter tido um grande derrota para João Paulo II em sua primeira convenção, satanás volta a convocar uma nova Convenção Mundial de demônios. Em seu discurso de abertura, ele disse:

- Temos que rever nosso planejamento estratégico. Aquele polonês ajudado por aquela Mulher fez um estrago muito grande aos nossos primeiros planos. Agora não podemos impedir que os jovens e aqueles que eu havia dominado voltem e acreditem na igreja Dele! Não podemos impedi-los de rezar carismaticamente, não os podemos impedir de rezarem em línguas, de adorarem Ele naquele pão, de rezarem aquele abominável terço e de lerem aquele Livro para conhecerem a verdade!

Família, lugar do perdão e festa

A família é um lugar extraordinário de descoberta da diferença. Esta descoberta se faz pouco a pouco. No começo da relação do casal, na lua de mel: "Tu és a mulher mais bonita do mundo!", "Não! Tu és o mais bonito dos homens!".

Estamos em pleno idealismo. Há nisso algo de muito belo! Depois, rapidamente, nós descobrimos que o outro não é somente qualidade e beleza. Há nele - e em nós - luz! Mas há também trevas, angústia, medo. Progressivamente, a partir da lua de mel, começa a tarefa de aceitar o outro como ele é, de descobrir sua beleza profunda, sem se deter no superficial.

Minha Família

Amar com acolhida e maturidade

Em meio ao mundo exigente e extremamente rápido (corrido…) em que vivemos atualmente, é fato que as pessoas acabam se tornando cada vez mais inclinadas a ser intolerantes, impacientes e propensas a rotular as outras. Sufocados por tantos dilemas e exigências, poucos conseguem ter a devida paciência para com os demais e muitos, se não alcançam respostas imediatas em um relacionamento (nos mais variados âmbitos), acabam desistindo das pessoas que deles buscavam se aproximar.
Descobrir alguém leva tempo. E quando nos tornamos superficiais demais, desistindo facilmente diante do primeiro desencanto, acabamos por perder a feliz oportunidade de descobrir pessoas maravilhosas. Não é porque a pessoa não sorriu como quereríamos ou porque tenha um defeito latente, que temos o direito de encarcerá-la em um rótulo infeliz.

Família Santuário da Vida

O Papa João Paulo II chama a família de "Santuário da vida" (CF, 11). Santuário quer dizer “lugar sagrado”. É ali que a vida humana surge como de uma nascente sagrada, e é cultivada e formada. É missão sagrada da família, guardar, revelar e comunicar ao mundo o amor e a vida.

O Concílio Vaticano II já a tinha chamado de "a Igreja doméstica" (LG, 11) onde Deus reside, é reconhecido, amado, adorado e servido e ensinou que: "A salvação da pessoa e da sociedade humana estão intimamente ligadas à condição feliz da comunidade conjugal e familiar" (GS, 47). "Desta maneira a família, na qual convivem várias gerações, que se ajudam mutuamente em adquirir maior sabedoria e em harmonizar os direitos pessoais com outras exigências sociais, constitui o fundamento da sociedade" (GS, 52).
Jesus habita com a família cristã nascida no Sacramento do matrimônio.

Os santos casados

Alguém, percorrendo o catálogo dos santos, colheu a impressão de que nele só existem padres e freiras e que a santidade não é possível senão nos conventos ou nas fileiras clericais. Enganar-se-ia quem assim pensasse.
Antes do mais, convém citar o Catecismo da Igreja Católica, que em seu nº 2.360, diz o seguinte:
"No casamento a intimidade corporal dos esposos se torna um sinal e um penhor da comunhão espiritual. Entre os batizados os vínculos do matrimônio são santificados pelo sacramento".

Aprenda a superar as crises familiares

Até o matrimônio mais feliz está sujeito a crises, que precisam ser vistas como um fenômeno de crescimento do amor conjugal e não como razão para a separação. Um matrimônio cujos cônjuges jamais discordam é preocupante. Será que eles são iguais em tudo ou uma personalidade está se sobrepondo à outra, que por sua vez não se revela ao outro na sua verdade? Uma passagem bíblica me faz lembrar os falsos relacionamentos, aqueles que precisam amadurecer, e cujo crescimento é às vezes bem doloroso: “Subirei contra um povo tranqüilo e os tirarei de sua falsa paz”. E há uma passagem nas Regras de Vida da Comunidade Shalom que, acredito, completa o ciclo que vai da falsa à autêntica paz matrimonial: “A verdadeira paz não vem dos homens, mas de Deus” (RVS, 355). Dependendo de como será vivida, cada crise, mesmo a mais penosa, pode levar ao aprofundamento do amor entre os esposos e ao fortalecimento cada vez maior do matrimônio. Vamos refletir sobre isto?Uma escolha livre

Os desafios no relacionamento

O relacionamento nos planos de Deus

O Amar e o Amor

Um esposo foi visitar um sábio conselheiro e disse-lhe que já não amava sua esposa e que pensava em separar-se.

O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhes apenas uma palavra:

- Ame-a. E logo se calou.
- Mas, já não sinto nada por ela!
- Ame-a, disse-lhe novamente o sábio.

E diante do desconcerto do esposo, depois de um breve silêncio, disse-lhe o seguinte:

"Amar é uma decisão, não um sentimento; amar é dedicação e entrega.

Casados e... Amigos?!

Hoje se fala muito de amor entre homem e mulher, mas nem sempre se está falando de um amor pleno, que reúna de modo harmonioso todas as suas dimensões. Às vezes se fala dele como alguém que experimenta apenas uma "faísca" da imensa "fogueira" que na verdade é o amor conjugal, porque este possui várias dimensões que interagem e se complementam. E uma dimensão muito importante do amor conjugal é a amizade entre os esposos.

Para compreendermos o que significa a amizade no matrimônio, precisamos conhecer um pouco os diferentes graus do amor humano. Uma dimensão do amor, que a filosofia de Platão chama de "Eros", é o "amor-paixão", bem claramente presente entre os esposos no começo do namoro.

A aceitação de si mesmo

É preciso desejar ser santo e reconhecer que não há santidade sem aceitação de si mesmo. As duas atitudes não se opõem. Precisamos reconhecer nossos limites, mas nunca ter face a eles uma atitude resignada ou medíocre, ao contrário, convém ter um desejo de mudança que não seja uma rejeição de nós mesmos.

Para todo esse processo, é necessário suplicar que o Espírito Santo nos dê a graça da aceitação da verdade e da humildade, e isso não é fácil, porque o orgulho e o medo de não ser aceito e a frágil convicção do nosso valor estão muito enraizados em nós. Só o olhar de Deus pode nos curar, porque o Senhor mesmo disse que temos valor aos seus olhos e que Ele nos ama (cf. Is 53,4). Trazemos em nós uma necessidade vital do olhar do outro, seja de um amigo, um parente ou uma autoridade espiritual, mas é certo que o olhar de Deus vale mais que todos os olhares, pois é o olhar do amor e da verdade que há no mais íntimo de nós.