O sexo no plano de Deus

Vamos refletir um pouco sobre o sentido do sexo no plano de Deus, na nossa vida. Deus e a Igreja olham para o sexo como algo muito importante. Deus Pai quis que existissem dois sexos, então cada um de nós é parte daquilo que é o seu sexo. O sexo não é apenas um ingrediente da sua pessoa, é a sua pessoa. Deus quis que o casal fosse assim feliz: "Sereis uma só carne".

O livro do Gênesis diz que o Altíssimo os criou homem e mulher e disse: "Crescei-vos, multiplicai-vos e enchei a terra". E dessa forma toda a riqueza do sexo masculino enriquece o sexo feminino e vice-versa. O sexo vai muito além do físico, ele faz parte do intelecto, do coração, por isso é muito importante que nós amemos o nosso sexo: se Deus me fez homem eu devo gostar de mim como homem. É importante que queiramos ser o que Deus quer. Ninguém é feliz se não aceita o plano, a vontade do Senhor.

A semana da família

É tradição no Brasil comemorar no segundo domingo do mês de agosto o Dia dos Pais. É sempre uma oportunidade de se reunir em família e refletir sobre esse costume. Embora existam registros de “cumprimentos” ao pai desde a antiga Babilônia, modernamente esse evento difundiu-se no início do século XX, vindo dos Estados Unidos. Com a difusão do costume, aos poucos cada nação escolheu um dia para essa homenagem. No Brasil, a proximidade da festa de São Joaquim, celebrada no dia 14 de agosto no antigo calendário pré-conciliar, fez com que se marcasse essa comemoração para o segundo domingo desse mês.

Embora atualmente os apelos comerciais sejam o que mais marcam esse evento, para nós é uma oportunidade de refletir sobre a paternidade e a família. Com esta celebração sugestiva da importância do papel do pai na Igreja e na sociedade, a Igreja no Brasil estabeleceu a Semana Nacional da Família. E a Igreja quer, durante estes dias, refletir e insistir sobre este tema de importância capital. A Igreja tem um carinho e uma atenção especial sobre as relações familiares, e neste ano quer refletir a partir do tema central: “Família, Formadora de valores humanos e Cristãos”, que está em sintonia com o Encontro Mundial das Famílias realizado no México em 2009. Para esse evento, a Comissão Episcopal para a Vida e Família, onde está sediada a Comissão Nacional da Pastoral Familiar, da CNBB, publicou uma edição especial da “Hora da Família”, com roteiros a serem utilizados nas celebrações das paróquias, capelas, comunidades, e nas famílias, grupos e escolas.

Matrimônio, o sacramento da criação

A "Teologia do Corpo" faz parte dos ensinamentos proferidos pelo saudoso Papa João Paulo II; é um conjunto de 129 catequeses que dizem respeito ao amor humano.

Nós nos voltamos para o dom extraordinário da Santa Missa, na qual Deus se entrega por nós. O que a Eucaristia tem a ver com o matrimônio? O saudoso Pontífice polonês viu, com clareza, a existência de um nexo, uma ligação entre a comunhão que vivemos na Eucaristia e no ato conjugal, unindo ambos.

Nas 129 catequeses, João Paulo II nos fala de duas uniões: O casamento de Adão e Eva, no livro de Gênesis, e as núpcias do Cordeiro, no livro do Apocalipse, no casamento em que Deus se une à humanidade. Hoje os casamentos duram pouco, pois logo se deterioram em função da cobrança. Qual é a cobrança no casamento? A felicidade; o casamento está mal porque essa cobrança é injusta. Ninguém é capaz de fazer o outro feliz; fomos feitos para Deus.

Santo Agostinho nos recorda: "O coração é inquieto até que se encontre em Deus". Na terra, somos como uma pessoa que viajou à noite toda, coloca a cabeça de um lado e de outro sem ter como repousá- la. A vida neste mundo é uma viagem, na qual nós não temos onde repousar a cabeça. Não podemos transformar o outro no porto seguro, pois somos companheiros de viagem.

Os demônios da vida conjugal

No amor conjugal, o segredo é não lutar contra a idade, sim estar em união com ela, tal é a regra da sabedoria.

A infância do amor conjugal.

Ao início é, sobretudo, alegria e esperança. O amor é novo e está intacto. Os dois vivem em estado de descoberta permanente. Entretanto, o amor não escapa aos ataques do tempo. Uma primeira crise, a da desilusão, sacode o lar nascente. O demônio da desilusão faz com que a imagem ideal, que um havia construído do outro, comece a desvanecer-se. Para vencer essa crise terão que se aceitar em suas imperfeições. Nessa época o matrimônio se constitui realmente.

A juventude do amor.

Ao final da fase de adaptação, um mútuo conhecimento impede maiores atritos. O amor se instala. Mas, se a crise da desilusão não foi superada, o tempo precipita a segunda crise, a do silêncio. Se o demônio mudo se apodera dos dois, caem em uma espécie de letargia. O casal vive, então, em retrocesso, sem crescer, sem um ritmo seguro, sem dinamismo. Vencer essa segunda crise é indispensável para que o amor sobreviva.

Amor Conjugal - Oásis fértil no deserto do mundo

Deus é amor. Fomos criados por amor. O Pai, no seu amor infinito, em um ato de doação de si, cria o homem, como filho, à sua Imagem e semelhança, capaz de amar e de receber amor. Deus quer a relação de uns com os outros. A comunhão com Deus faz o seu amor circular entre nós.

A nossa comunhão com os seres humanos e com as criaturas faz circular o amor de Deus pelo mundo. Assim, tudo se vê envolvido no amor. A essência de Deus nos move em sua força para a relação, para a aliança, para o amor mútuo.

O matrimônio foi instituído por Deus desde a criação do homem e da mulher. Ele os criou para a comunhão, para a complementaridade e para que, na diversidade, construíssem a unidade, tendo como referência a própria Trindade, modelo de comunhão e unidade. Todas as culturas exaltam, de alguma maneira, a grandeza do matrimônio!

Igreja, a salvação para seu casamento

O Senhor tem para a nossa vida um plano perfeito de amor, mas tem também um plano-estepe, como o estepe do carro, que substitui o pneu original. Mesmo que o seu casamento tenha se desfeito, agarre-se no “plano-estepe” que o Senhor providenciou para você, exclusivamente para você. Ele não o deixará perecer. Segure-se com firmeza e comece a remar. O Senhor quer salvar e não condenar. Ele está com você.

Deus tem um plano-estepe para você. Entre no caiaque com Jesus e reme com Ele. Conserve sua pureza, sua
castidade. Mulher, você pode ser como a Virgem Maria: pura, casta. Não fique chorando pelos cantos. "Shows de carência" acabam estragando tudo, porque não faltam "gaviões" para tentar suprir suas necessidades de presença, de carinho, de atenção... Desculpe, é dura esta palavra, mas ela é real. Você sabe que é real.

Deus confia em você! Busque a santidade. Leve seus filhos para o Senhor. Mesmo que seu casamento tenha se desfeito e você tenha ficado com a responsabilidade da família. Não dê o lugar ao inimigo; ele amplia sua carência, manipula seus afetos. Reze. Esta é a sua missão. Não fique chorando pelo seu marido, enquanto a vida passa. Entregue-o para o Senhor. Você pode ser santa e conduzir sua família inteira, mesmo sozinha. Deus está com você.

Ninguém pode ser feliz se não for amado

O amor gera a vida; o egoísmo produz a morte. A psicologia mostra hoje, com toda clareza, que as graves perversões morais têm quase sempre como causa principal uma "frustração amorosa".
Os jovens se encaminham para as drogas, para o sexo vazio, para o alcoolismo e para tantas violências, porque são carentes de amor, 'desnutridos' de amor. A pior anemia é a do amor. Leva à morte do espírito. Ninguém pode ser feliz se não for amado, se não fizer uma experiência de amor. Se isso é importante na infância e na adolescência, também na vida conjugal isso é verdade. E esse "amor conjugal" começa a ser aprendido e treinado no namoro. Na longa viagem da vida conjugal, que começa no namoro, você precisa levar a bagagem do amor. Você amará de verdade o seu namorado não só porque ele é simpático, bonito ou porque é um atleta, mas porque você quer o bem dele e quer ajudá-lo a ser ainda melhor, com a sua ajuda.

SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA


SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA – 14 A 21 DE AGOSTO
TAMA: HORA DA FAMÍLIA
LEMA: FAMÍLIA, PESSOA E SOCIEDADE


14/08 – Domingo
Participação dos casais da Pastoral na celebração das 07h00
Realização do café da manhã do Dia dos Pais, após a Missa.

15/08 – Segunda-Feira
Caminhada com Maria. Saída do Bairro Jacarecanga em procissão à Catedral Metropolitana.

16/08 – Terça-Feira
Participação dos casais da Pastoral na celebração das 06h30, 12h00 e 17h00
Realização do Encontro do Livro – Hora da Família
Local: Salão Azul
Horário: 19h30

17/08 – Quarta-Feira
Participação dos casais da Pastoral na celebração das 06h30, 12h00 e 17h00
Realização do Terço da Família
Local: Igreja de Fátima
Horário: 19h00

18/08 – Quinta-Feira
Palestra: Documento de Aparecida, perspectiva e desafios das pastorais – Fontenele e Margarete
Local: Auditório

19/08 – Sexta-Feira
Participação dos casais da Pastoral na celebração das 06h30, 12h00 e 17h00
Adoração ao Santíssimo Sacramento
Local: Salão Azul
Horário: 19h30

20/08 – Sábado
Realização de um almoço em prol das senhoras da Casa de Nazaré
Horário: A combinar

21/08 – Domingo
Confraternização da Pastoral no Sitio do casal Domingos e Mazé.

O Casamento - O que significa o sacramento do matrimônio?

Os noivos vêm a Igreja para se casar diante de Deus e diante da comunidade cristã. É porque sentiram que esse amor que nascia, se oferecia como uma promessa de felicidade. Foi tão profunda sua experiência d e amor, que decidiram: isso tem que durar para sempre.

E cada um haverá dito a si mesmo: Minha felicidade depende desta pessoa extraordinária com a qual me encontrei. Percebo que sem ela eu não posso crescer, não posso ser feliz, a necessito. E por isso quero unir minha vida a dela.

Assim é como iniciam o caminho do matrimônio: cheios de esperança.

Mas o que significa o sacramento do matrimônio para a história de amor que estão vivendo?

Um vinho diferente - O amor sempre renova e transforma as coisas e a vida

Karasuki e Mikaia casaram-se já com uma boa idade. Com grande surpresa e alegria tiveram um filho. Criaram-no com todo o amor e as atenções possíveis e, apesar de serem muito pobres, conseguiram colocá-lo na escola da vila para que crescesse, também, em sabedoria.

O rapaz, quando voltou para casa, tinha o único desejo de desobrigar-se com os seus pais.

– O que é que os senhores gostariam mesmo que eu fizesse para mostrar-lhes a minha gratidão? – perguntou o jovem.

– Nada vale mais do que a sua presença aqui conosco – responderam os pais – mas se quiser mesmo nos dar um presente, veja se consegue arrumar um pouco de vinho para nós. Gostamos muito de vinho e faz muito tempo que não o saboreamos mais.

A importância da disciplina

O Papa João Paulo II disse – na Carta às Famílias, escrita em 1994 –, que “o ato de educar o filho é o prolongamento do ato de gerar”. O ser humano só pode atingir a sua plenitude, segundo a vontade de Deus, se for educado; e essa missão é, sobretudo, dos pais. É um direito e uma obrigação deles ao mesmo tempo. É pela educação que a criança aprende a disciplina, por isso os genitores não podem se descuidar dela, deixando-a abandonada a si mesma. Se isso ocorrer, essa criança será como um terreno baldio onde só nasce mato, sujeira, lixo e bichos venenosos. Sem disciplina não se consegue fazer nada de bom nesta vida.

Muitas pessoas não conseguem vencer os problemas e vícios pessoais porque não são disciplinadas. Muitas não conseguem ser perseverantes em seus bons propósitos porque lhes falta essa virtude [disciplina]. Para vencer um vício ou para dominar um mau hábito é preciso disciplina. É por ela que aprendemos a nos dominar. Vale mais um homem que se domina do que o que conquista uma cidade, diz a Bíblia.

A disciplina depende evidentemente da força de vontade; e esta é fortalecida pela graça de Deus. São Paulo diz que é Deus “ que opera em nós o querer e o fazer” (cf. Fil 2,13). As grandes organizações, fortes e duradouras, como, por exemplo, a Igreja, apoiam-se em uma rígida disciplina. É isso que lhes dá condições de superar os modismos e as ameaças de enfraquecimento. Também as grandes empresas fazem o mesmo.

Educar os filhos para a Santidade

Levar os filhos para Deus é missão inerente a todos aqueles chamadas à paternidade. Mas deparamo-nos atualmente com um mar de conceitos e modismos que muitas vezes nos confundem, exigindo, pois, que estejamos bem arraigados nos valores evangélicos.

Zelar pela vida eterna daqueles que nos foram confiados é o nosso desafio maior como cristãos de hoje. Com certeza você é um (a) educador(a) que deseja aprofundar-se nesta grande missão de educar seu(s) filho(s) para a santidade! O mundo está cheio de teorias, jogos, fantasias e ilusões... Cheio de métodos atraentes mas que não nos formam a respeito da razão de nossa existência e muito menos se preocupa em nos direcionar para sermos o que Deus quer que sejamos.

Quando se fala de santidade, muitos têm uma reação de surpresa, pois entendem que santidade não existe e que nem é para eles. Devemos começar a entender que não se trata de uma novidade ou conceitos longe de nós, impossível de viver. A santidade é um germe que está em nós desde que nascemos e que precisa ser desenvolvido. Não é algo que vou adquirir, mas está em mim. Sem dúvida que, ao observarmos o que nos cerca, o mundo que vivemos, temos a covardia de não crer e não assumir essa realidade para nós e acreditamos, às vezes, que até para "nossos" filhos isso não funciona. 

As quatro fases dos relacionamentos

Quando se começa um relacionamento, qualquer que seja ele: de esposos ou familiar, de pais e filhos, entre parentes e até entre amigos, acontece, a meu ver, um processo de entrelaçamento de vida, apresentando na prática em 4 fases distintas: o encantamento, o sofrimento, a decepção e a superação.
A primeira fase do relacionamento é o encantamento, porque é a fase inicial, quando se conhece a pessoa, no caso do pai ou da mãe quando vê o filho recém-nascido, eles “babam” de encantamento. Quando um casal começa a namorar é a mesma reação, tudo leva a olhar com amor, a querer bem, os defeitos ficam totalmente obscurecidos pela paixão, é um encantamento. O mesmo acontece com todos os tipos de relacionamentos humanos.
Com o passar do tempo, as pessoas, principalmente as que vivem juntas, começam a se ferir com os desencontros de opiniões, as discussões, os desencontros e brigas, palavras colocadas inadequadamente, egoísmos. É a fase do sofrimento. Amar nos provoca muito sofrimento e também fazemos sofrer a quem mais amamos. E é natural que isso aconteça, porque a pessoa traz em si misérias e pecados que acabam se revelando no processo de comunicação; em meio às virtudes, que todos temos, estes pecados sempre acabam provocando sofrimento nas pessoas com quem convivemos.
O relacionamento chega ao ápice da crise quando a pessoa amada se mostra totalmente o oposto do que havíamos sonhado [que ela fosse]. Isso porque nós temos a facilidade de idealizar as pessoas e construir “castelos de areia” sobre o que imaginamos que elas sejam ou possam ser. Na fase da decepção, quando tudo isso cai por terra por traições físicas ou espirituais, resta um grande vazio no relacionamento e há a vontade de desistir de tudo por conta da quebra de qualquer expectativa de possibilidade de viver com essa pessoa que nos decepcionou profundamente; fato este que gera mágoas e ressentimentos enormes e uma verdadeira crise. Todos nós já decepcionamos alguém e fomos decepcionados no processo de vida em comum.
Vejo que a crise (e no casamento acontecem muitas) é também muito importante para o crescimento espiritual do casal. Porque só se cresce a partir de crises. A este crescimento eu chamo de superação, que é a fase madura do relacionamento. A superação é a recuperação da fase do encantamento por meio de atitudes de acolhimento da fraqueza da outra pessoa. Num relacionamento dilacerado pelas fases intermediárias (sofrimento e decepção) a superação é a busca de um novo entendimento, visando uma nova relação humana, pautada no conhecimento profundo, sem máscaras ou fingimentos.
Superação é a “palavra-chave” do relacionamento, pois ninguém se exime de viver a decepção e o sofrimento provocado pelo outro. O caminho que proponho é buscar o diálogo a cada momento, visando superar tudo isso e reavivar o amor, tendo como premissa o amor de Deus, que é grandioso, que perdoa sempre e supera nossa humanidade ferida pelo pecado, dando-nos a cada dia uma nova chance, um começar tudo de novo, com a alma lavada pelo Seu Sangue e totalmente perdoada. Olhando para esta atitute do Senhor dê passos para viver essa superação em seus relacionamentos humanos.
Deus o abençoe!
Diácono Paulo Lourenço
Retirado do Blog da Canção Nova

O cônjuge como um caminho para Deus

O encontro de duas pessoas em Deus – por intermédio da oração ou da vivência religiosa compartilhada – é uma das formas mais ricas e profundas de encontrar-se, já que estamos diante de Deus, com melhor que cada um possui. Diante do Senhor nos desprendemos de tudo o que normalmente dificulta o encontro e vamos assumindo com mais objetividade a atitude compreensiva, benigna e compassiva do amor de Deus.

A união de duas pessoas pelo sacramento do matrimônio abre a eles uma nova possibilidade de amor sobrenatural: o cônjuge como um caminho para Deus, como lugar de encontro com Deus. No momento solene das bodas, Cristo diz a cada um: Eu, desde agora, vou te amar especialmente através do cônjuge, vou convertê-lo em santuário do meu encontro contigo. E com isso me deixa o grande desafio de buscar ao Senhor no coração do outro onde desde agora está me esperando, de descobrir o rosto de Cristo no rosto do meu cônjuge, de acolher seu amor como transparente e reflexo do amor divino. Em contrapartida, eu devo ser Cristo para o outro, dar a ele o amor, a luz e a força que necessita para crescer e chegar até Deus. E assim cada um se aceita e se doa ao outro como lugar privilegiado de encontro com o Senhor.


Oração pela Família

Ó Deus, de quem procede toda a paternidade no céu e na terra.

Pai, que és amor e vida, faze que cada família humana sobre a terra se converta, por meu de teu Filho, Jesus Cristo, nascido de mulher e mediante o Espírito Santo, fonte da caridade divina, em verdadeiro santuário da vida e do amor para as gerações que sempre se renovam.

Faze que tua graça guie os pensamentos e as obras dos esposos para o bem de suas famílias e de todas as famílias do mundo.

Faze que as jovens gerações encontrem na família apoio para sua humanidade e para seu crescimento na verdade e no amor.

Faze que o amor reafirmado pela graça do sacramento do matrimonio, se revele mais forte que qualquer debilidade e qualquer crise, pelas quais às vezes passam nossas famílias.

Faze, finalmente, Te pedimos por intercessão da Sagrada Família de Nazaré, que a Igreja, em todas as nações da terra, possa cumprir frutiferamente sua missão na família e por meio da família.

Tu, que és a vida, a verdade e o amor, na unidade do Filho e do Espírito Santo.

Amém
Papa João Paulo II

Luzes e sombras que pairam sobre o matrimônio

A insegurança: nota-se, cada vez mais, uma generalizada e assustadora insegurança, especialmente dos jovens, diante do Matrimônio.

Esta insegurança tem como origem uma série de causas externas, tais como: habitação, subsistência condigna, trabalho, salário, higiene e saúde, a angústia mundial, a situação política e cultural... Muitos autores que escrevem sobre a família atribuem a dissolução de tantas famílias jovens apenas, ou quase exclusivamente, a essas situações insustentáveis de ordem meramente externa.

Mas esta insegurança tem, por certo, raízes muito mais profundas: no íntimo mais íntimo das pessoas em causa. A própria escolha definitiva e irreversível de um ou de uma consorte para a vinculação vital parece limitar o campo quase infinito das opções, frustrando ou até tolhendo a liberdade. Pode ser bom e desejável o que me limita, porquanto “escolher é limitar-se”?

O Sacramento do Matrimônio

Os Sacramentos se destinam ao culto a ser prestado a Deus, à edificação e ao crescimento da Igreja, à santificação dos homens e à mudança radical da própria sociedade humana, como conseqüência.

Como sinais – destinam-se também à instrução dos fiéis, supõem a fé, mas ao mesmo tempo também a alimentam, fortalecem e exprimem. Como sinais característicos insinuam a graça que significam, produzem e conferem.

A graça sacramental apela para uma resposta pessoal e só produz o pleno efeito, quando houver essa resposta integral, mediante a aceitação da “missão” que cada Sacramento confia a quem o recebe, por uma vida cristã de sinceridade e total adesão.

O espírito da aliança matrimonial

Doar-se: A aliança matrimonial é uma entrega, uma doação. Não é pedir em primeiro lugar, senão dar-se. E este é o primeiro sentido da aliança matrimonial: eu me doo como marido, como esposa e recebo como resposta a doação de meu cônjuge. Em relação com a Virgem Maria é uma entrega filial; na vida matrimonial é uma entrega esponsalícia. Essa entrega esponsalícia é uma superação radical do egoísmo.

Amar é viver centrado no TU e não no EU. Se um diz: "Eu te quero", pode significar duas coisas distintas. Se há verdadeiro amor significa: "Eu te quero para fazer-te feliz", do contrário significa: "Eu te quero para que me faças feliz".

As características do amor

Quando olhamos a manifestação do Espírito Santo, como o uso dos dons, tocamos na maravilha de Deus, que concede a Seu povo muitas bênçãos. Muitas vezes, nos questionamos: "Será que a ação de Deus se manifesta assim em mim?" Observe: todos esses dons são importantes, porém, a Palavra de Deus nos indica que o amor é o maior de todos os dons. Podemos até fazer bastante barulho, como um sino, mas é o amor que dá consistência à alma.

Você já sentiu um grande vazio em sua alma? Esse vazio se dá pela falta do Deus-Amor em nossa vida, se não amamos e não nos deixarmos amar sempre nos sentiremos vazios. Todas as nossas atitudes precisam ser por amor. Existem muitas pessoas que vivem correndo e movendo mundos e fundos, fazem muito, mas não amam nem se deixam amar.

Os 10 mandamentos do casal

Uma equipe de psicólogos e especialistas americanos, que trabalhava em terapia conjugal, elaborou "Os Dez Mandamentos do Casal". Gostaria de analisá-los aqui, já que trazem muita sabedoria para a vida e felicidade dos casais. É mais fácil aprender com o erro dos outros do que com os próprios.
1. Nunca se irritar ao mesmo tempo. A todo custo evitar a explosão. Quanto mais a situação é complicada, tanto mais a calma é necessária. Então, será preciso que um dos dois acione o mecanismo que assegure a calma de ambos diante da situação conflitante. É preciso nos convencermos de que na explosão nada será feito de bom. Todos sabemos bem quais são os frutos de uma explosão: apenas destroços, morte e tristeza. Portanto, jamais permitir que a explosão chegue a acontecer. Dom Hélder Câmara tem um belo pensamento que diz: "Há criaturas que são como a cana, mesmo postas na moenda, esmagadas de todo, reduzidas a bagaço, só sabem dar doçura...".

2. Nunca gritar um com o outro. A não ser que a casa esteja pegando fogo. Quem tem bons argumentos não precisa gritar. Quanto mais alguém grita, tanto menos é ouvido. Alguém me disse certa vez que se gritar resolvesse alguma coisa, porco nenhum morreria... Gritar é próprio daquele que é fraco moralmente, e precisa impor pelos gritos aquilo que não consegue pelos argumentos e pela razão.

Educar a afetividade - A importância da maturidade afetiva na vida a dois

Mais do que nunca, é preciso prestar atenção hoje à educação da afetividade dos filhos e à reeducação da afetividade dos adultos. Uma educação e uma reeducação que devem ter como base esse conceito mais nobre do amor que acabamos de formular: aquele que vai superando o estágio do amor de apetência – que apetece e dá prazer – para passar ao amor de complacência – que compraz afetivamente – e abrir-se ao amor oblativo de benevolência – que sabe renunciar e entregar-se para conseguir o bem do outro.

 O amor maduro exige domínio próprio: ir ascendendo do mundo elementar – imaturo – do mero prazer, até o mundo racional e espiritual em que o homem encontra a sua plena dignidade. Reclama que se canalizem as inclinações naturais sensitivas para pô-las a serviço da totalidade da pessoa humana, com as suas exigências racionais e espirituais. Requer que se conceda à vontade o seu papel reitor, livre e responsável. Pede que, por cima dos gostos e sentimentos pessoais, se valorizem os compromissos sérios reciprocamente assumidos. Aaron Beek, no seu livro Só o amor não basta, insiste repetidamente que é necessária a determinação da vontade para dar consistência aos movimentos intermitentes do coração: o mero sentimento não basta.