Evangelizar é propor uma nova realidade

Todos nós somos missionários pelo batismo. Muitas vezes, quando ouvimos falar em missionariedade, achamos que isso se refere apenas às freiras, aos padres e freis. É interessante porque, para ser missionário, não se deve apenas deixar uma terra e ir para outra; é preciso deixar-se para ir ao encontro do outro e levá-lo a Cristo.

Como diz Marcos no capítulo 16, 15: “É necessário que o Evangelho seja pregado a todas nações”. Essa frase está no imperativo, ou seja, Jesus não está pedindo, Ele está nos mandando evangelizar.

Por que o Evangelho precisa ser pregado a todas as nações? A resposta está em I Timóteo 2, 3-4: “Isto é bom e agradável a Deus, nosso Salvador. Ele quer que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade”.

Valorizar a família

Foi realizada em Roma, junto ao túmulo do Apóstolo São Pedro, a peregrinação internacional da família dentro do Ano da Fé. Esse evento, que reuniu 150 mil famílias, coincidiu com o encerramento da XXI Assembleia Plenária do Pontifício Conselho da Família. Constaram desse evento três jornadas dedicadas ao estudo e ao debate no 30º aniversário da Carta dos Direitos da Família, publicada pelo mesmo dicastério vaticano em 22 de outubro de 1983, sob o Pontificado do Beato João Paulo II. O encontro, aberto ao público, debateu os "Novos horizontes antropológicos e os direitos da família".

Declarou o Arcebispo Dom Vincenzo Paglia, presidente do Conselho Pontifício para a Família, em entrevista à Rádio Vaticano, que esta Carta dos Direitos da Família é defendida e valorizada como meio "para que não nos esqueçamos de que a família, como sujeito jurídico, é uma dimensão que transpassa os séculos, que não nasceu anteontem nem há cem anos. Há uma dimensão que atravessa a história, que fez da família o primeiro lugar em que aprendemos a estar juntos: a família é o primeiro 'nós'".

O sacramento do Matrimônio

O sacramento do Matrimônio e o da Ordem são chamados sacramentos a serviço da comunhão e da missão, por conferirem uma graça especial para a missão particular na Igreja com relação à edificação do povo de Deus, contribuindo em especial para a comunhão eclesial e para a salvação dos outros. O homem e a mulher foram criados por Deus com uma igual dignidade como pessoas humanas e, ao mesmo tempo, numa complementaridade recíproca como masculino e feminino. Deus quis que fossem um para o outro, para uma comunhão de pessoas. Juntos são também chamados a transmitir a vida humana, formando no matrimônio uma só carne (cf. Gn 2, 24).

O projeto de Deus na família

É tão bom ver o casal, após se casarem, dar a notícia: estamos grávidos. É assim e nessa alegria que Deus sonhou a família.
Existe uma música tão bonita do padre Zezinho que diz da linda realidade do que Deus sonhou para a família, a música se chama “Utopia”, leia a letra: “Das muitas coisas Do meu tempo de criança Guardo vivo na lembrança O aconchego de meu lar No fim da tarde Quando tudo se aquietava A família se ajuntava Lá no alpendre a conversar Meus pais não tinham Nem escola e nem dinheiro Todo dia o ano inteiro Trabalhavam sem parar Faltava tudo Mas a gente nem ligava O importante não faltava Seu sorriso, seu olhar Eu tantas vezes Vi meu pai chegar cansado Mas aquilo era sagrado Um por um ele afagava E perguntava Quem fizera estrepolia E mamãe nos defendia E tudo aos poucos se ajeitava O sol se punha A viola alguém trazia Todo mundo então pedia Ver papai cantar pra gente Desafinado Meio rouco e voz cansada Ele cantava mil toadas Seu olhar no sol poente Correu o tempo E eu vejo a maravilha De se ter uma família Enquanto muitos não a tem Agora falam Do desquite ou do divórcio O amor virou consórcio Compromisso de ninguém Há tantos filhos Que bem mais do que um palácio Gostariam de um abraço E do carinho entre seus pais Se os pais amassem O divórcio não viria Chame a isso de utopia Eu a isso chamo paz.”

Essa música fala de uma família normal, que tem problemas, que passa por dificuldades, de um pai que se irrita e de uma mãe que intervém. A família é como você e eu: não está pronta, mas que vai se aprimorando com o passar do tempo.
Jesus quis ter uma família. Quando eu estudei Filosofia eu descobri que Deus é uma Pessoa tão poderosa e tão forte que é chamado Onipotente. E mesmo assim quis precisar de uma família.

A fé é a certeza daquilo que ainda se espera…


Fomos feitos para sermos inteiros em tudo o que fazemos ou temos. Então reflita comigo! O que seria de cada um de nós, se por causa de uma doença, tivéssemos que amputar algum membro de nosso corpo?

Um dia desses fomos visitar uma família para rezarmos e partilhar a palavra do Senhor, que estava em Hb 11,1 e dizia: “a fé é a certeza daquilo que ainda se espera, a demonstração de realidades que não se vêem.”

Por que se ama tanto o pecado?

Sim, isso é uma pergunta, contudo, nesta circunstância, terei a ousadia de conjugá-la como uma afirmação: “Sim, amamos muito o pecado…”. Todavia, do título inicial quero conservar a interrogação: Por quê? Esta afirmação se fundamenta no ofício de observar e na arte de contemplar corações em um constante “debater-se” diante das razões e significados que compõem sua própria existência.

Ao observar alguém que abre mão de um vício/pecado, procurando desvencilhar-se dele por meio da renúncia, percebe-se – não raras as vezes – um profundo sofrimento e até mesmo revolta em virtude da ausência do pecado. É como se tal coração julgasse estar prestando um favor imenso a Deus por estar abrindo mão daquilo que mais ama.
Mas por que se ama tanto os vícios e pecados? Por que, comumente, se inventa tantas desculpas para justificá-los? E por que sofremos e nos debatemos tanto por sua ausência?
Há quem brigue fazendo de tudo para defender o seu pecado, para convencer a todos de que ele é algo normal, e que é, até mesmo, uma “virtude”.

O amor pode terminar?


Quando tempo pode durar o casamento? Ou ainda, quando é que ele começa a desmoronar? Até há pouco, pensava-se que as primeiras crises chegassem depois de sete anos de “feliz” convivência. Em seguida, o tempo se abreviou, e o prazo de sua validade foi reduzido para cinco anos. Ultimamente, um levantamento feito pela Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, com aproximadamente 10 mil casais, descobriu que o amor não sobrevive mais de três anos – dado que coincide com outro estudo feito no Reino Unido, entre 2 mil casais.
“Paixão eterna só existe na ficção”, afirma o psicólogo Bernardo Jablonksi, autor do livro: "Até que a vida nos separe: a crise do casamento contemporâneo”. Contudo, as diversas separações pelas quais ele atravessou podem provir do fato de ter identificado o amor com a emoção: “Na paixão, você sofre, deixa de se alimentar, não consegue dormir. Não poder durar!”.
Dessa confusão não escapa outro psicólogo de renome, Aílton Amélio. Fundamentado no princípio de que tudo na vida precisa ser alimentado para não morrer, ele conclui: “O amor pode terminar, porque precisa ser nutrido por fatos. É como andar de motocicleta: se parar, cai”.
Apesar da dificuldade de distinguir as coisas, o cineasta Roberto Moreira consegue descortinar uma luz no fundo do túnel: “O amor pode ser eterno, mas a probabilidade é pequena. Relacionamento que dure mais de dez anos é um sucesso”. Referindo-se ao seu filme “Quanto dura o amor?”, lançado em 2009, Moreira apresenta a solução do enigma: “Talvez o melhor título fosse “Quanto dura a paixão?”, porque o amor só existe quando o parceiro deixa de ser uma projeção nossa”.
Como já se tornou lugar-comum afirmar, amor é a palavra mais inflacionada do planeta. Diz tudo e não diz nada! Pode ocultar um egoísmo tão atroz que seu fruto é o desespero e a morte.
Contudo, para os cristãos, sua realidade resplandece como o sol. Quem encontrou seu pleno significado foi o evangelista São João. Por que ele é o único dos apóstolos que, por mais vezes, se declara o “discípulo amado” por Jesus? A resposta é simples e... deslumbrante: porque foi ele quem escreveu a página mais comovedora da Bíblia e fez a descoberta mais revolucionária da história: “Deus é amor. Quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus permanece nele” (1Jo 4,16).

Família: Missão Apaixonante

O Papa João Paulo II diz, na sua “Carta às Famílias”, que “a família é o centro e o coração da civilização do amor”, que está nas raízes mais profundas do desejo de Deus para o homem na terra. Neste tempo em que a necessidade do matrimônio e da família no mundo tem sido posta em questão, é preciso anunciar o que de fato ela é: uma missão apaixonante!

Criada por Deus, a família existe para Ele, e só n’Ele pode encontrar o seu sentido. Vamos começar a encontrar o seu sentido no livro do Gênesis, mais exatamente no trecho que fala da origem do homem e da mulher sobre a terra.

Criados à imagem e semelhança do Deus Trinitário, que vive uma eterna comunhão de amor, o homem e a mulher são desde o início chamados a “crescer e multiplicar-se” por uma comunhão semelhante à divina. Deus chama o ser humano, obra-prima da Sua criação, a uma eterna comunhão de amor com Ele, e este chamado encontra uma significativa expressão na aliança nupcial que se instaura entre o homem e a mulher, cujo vínculo de amor é tantas vezes descrito na revelação como imagem da Aliança que une Deus com seu povo.

Casamento, um grande projeto


"Casar é um grande desafio! E desafio é uma palavra que nos faz lembrar modernidade, juventude, pois exige coragem. Assim acontece também em todo relacionamento, afinal, para duas pessoas viverem juntas, para o resto da vida, é necessário diariamente superação e, ao mesmo tempo, criatividade. É claro que existem pessoas chamadas a viver solteiras, mas aqui estamos falando daqueles que querem compromisso", reflete Carla.

"Desde o tempo de namoro o casal necessita perceber dois pontos: ambos são chamados à vocação do matrimônio e precisam olhar o casamento como o maior projeto de suas vidas", salienta Cleto. "Quando se tem isso em mente o resultado é surpreendente! Vale a pena, pois, com o passar do tempo, diante do conhecimento mútuo, a convivência se torna mais tranquila", completa Carla.

Na opinião do casal, várias situações são almejadas como projetos, como por exemplo: carreira profissional, viagens, a compra de um carro, um curso no exterior. Entretanto, ao constituir uma família, que deve ser o foco do casal, não dá para casar e querer levar uma vida de solteiro. Isso desgasta o relacionamento! 

Isso nos faz refletir sobre o casamento com três perguntas: "Queremos ser fiéis um para com o outro? Queremos gerar vida e educar? Afinal, é ou não é um projeto para a vida inteira?" 

"Precisamos apreciar o casamento como projeto de vida e não apenas uma fase dela. Casar é ter alguém para amar todos os dias, é ter alguém para conversar, para confiar e conhecer! Casar é o maior projeto! É para a vida toda!", encerra Carla.

Carla e Cleto Coelho
Missionários da Comunidade Canção Nova

Matrimônio, sinal do amor

Na primeira Carta de S. João podemos ler não somente quem é Deus, mas também qual a razão de tudo o que somos e temos: "Deus é Amor". 

Deus ama porque é o Amor, e nós amamos porque Deus nos amou primeiro. O Catecismo da Igreja Católica fala do mistério do casamento e da família justamente transmitindo isto:
 

"Deus, que criou o homem por amor, também o chamou para o amor, vocação inata e fundamental de todo ser humano. Pois o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, que é Amor. Tendo-os criado homem e mulher, seu amor mútuo se torna uma imagem do amor absoluto e indefectível de Deus pelo homem. Esse amor é bom, muito bom aos olhos do Criador. E este amor abençoado por Deus é destinado a ser fecundo e realizar-se na obra comum de preservação da criação:
 

"Deus os qbençoou e lhes disse: sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a" (Gn 1,28)".